Sempre tive uma certa dificuldade para responder essa pergunta, sabe?
Aos 18 anos minha escolha foi tão automática, simples e certa. Tão certa que nunca me arrependi!
Porém, sempre que me fazia essa pergunta nunca conseguia uma resposta muito clara, minha sensação era como tivesse escolhido por uma intuição, algo que me dizia que tinha que ser isso.
Ajudar ou ouvir as pessoas geralmente é o principal motivo que ouço de psicólogas e psicólogos que cruzam meu caminho: “Sou uma boa amiga, um bom ouvinte, por isso escolhi psicologia”. Mas, esse nunca foi o MEU real motivo. Sim, sempre fui uma boa ouvinte e os amigos me buscam para ouvir conselhos ou para desabafar, mas não foi por isso.
Me entender ou entender melhor minhas relações também não. Essa realmente foi uma expectativa que nunca tive com essa profissão. Até porque sempre entendi muito bem que precisamos muito de outra pessoa olhando pra dentro da gente para conduzir nossa autodescoberta.
Bom, comecei a fazer terapia aos 16 anos por conta de uma crise de ansiedade generalizada: desmaiava do nada, sentia falta de ar, palpitação, as mãos suavam frio… o combo terrível da ansiedade.
Me encantei pelo trabalho da minha psicóloga comigo e, na mesma época também vivi três outras experiências conduzidas por profissionais psis.
No ensino médio participava de um grupo de orientação sexual conduzida por uma psicóloga brilhante. Também frequentava o grupo de jovens católicos da igreja e os retiros e encontros eram conduzidos por um estudante de psicologia. Além disso, meu pai me colocou para fazer um curso chamado D.O.M. – Desenvolvimento e Orientação Mental – onde passei por experiências de hipnose, relaxamentos e visualizações, sempre no intuito de conhecer meu funcionamento mental, questionar minhas crenças e pensamentos e ter uma vida mais leve.
Quando entrei na faculdade de psicologia meu sonho mesmo era ser uma investigadora da mente humana, tipo CSI sabe? Achava chique, incrível e essa era minha inspiração de sucesso.
Ao longo do curso fui conhecendo, aprofundando estudos e definindo melhor minha “praia” dentro da psicologia, mas isso é assunto para outro post.
O que sei sobre meus motivos hoje é que sou completamente FASCINADA pela mente humana. Decifrar os labirintos dos pensamentos, das crenças, dos papéis, das relações humanas me encanta profundamente.
E vibro de verdade quando consigo conduzir o olhar de uma cliente ou um cliente para seus labirintos e isso produz transformações, afinal, autoconhecimento liberta.